Israel inicia terceiro dia de bombardeio contra Faixa de Gaza

Em três dias, mais de 70 palestinos morreram. Violência preocupa Conselho de Segurança da ONU que vai discutir situação do Oriente Médio.



Israel iniciou o terceiro dia de bombardeio contra a Faixa de Gaza. Mais de 70 palestinos morreram nas últimas 72 horas. O Hamas contra-ataca com o lançamento de foguetes.
Além dos mais de 70 palestinos mortos, essa guerra tem sido preocupante para todos em Israel também. Muito mais do que as outras vezes. O Hamas, que controla Gaza, e a Jihad Islâmica, um grupo muito ativo também no território, conseguem lançar hoje misseis muito mais longe do que conseguiam nas outras guerras. A ponto de atacarem com frequência a maior cidade israelense Tel Aviv.
Nesta quarta-feira (9), por exemplo, três misseis foram em direção a Dimona, onde fica o reator nuclear de Israel. Um deles foi interceptado e dois, para a sorte de todos, inclusive dos moradores de Gaza, caíram em um descampado. A todo momento, chegam notícias de novos ataques. E dos dois lados do muro, são quase 10 milhões de pessoas em estado de alerta.

Em apenas três dias de guerra, Israel atacou muito mais do que nos oito dias do último confronto, quase dois anos atrás. As forças israelenses foram, também, surpreendidas por um poderio militar muito maior do que se esperava, vindo tanto do Hamas como da Jihad Islâmica, outro grupo militante com atuação em Gaza.
Diversos mísseis chegaram à maior cidade israelense Tel Aviv. E, pela primeira vez, atingiram o Norte do país. Há 10 anos, os mísseis Qassam, lançados de Gaza, não avançavam mais do que 10 quilômetros pela fronteira israelense. Podiam atingir algumas poucas cidades e não mais do que 30 mil pessoas. Com a chegada dos M75, na última guerra, em 2012, o Hamas conseguiu atacar algumas vezes Tel Aviv e Jerusalém.
Mas, agora, um novo míssil, o M302 com alcance de até 150 quilômetros atingiu duas cidades do norte, já perto da fronteira com o Líbano. E com isso, mais de 4 milhões de israelenses estão sob a mira dos foguetes.

De acordo com uma análise divulgada pelo departamento de Segurança Interna de Israel, os mísseis M302 que estão sendo usados pelo Hamas são de fabricação síria, com tecnologia chinesa, contrabandeados para Gaza pelo Irã. Eles teriam pouca precisão e frequentemente explodem no ar, mas segundo essa análise, quando atingem o alvo têm um efeito extremamente devastador.
Até agora não houve mortes em Israel. O sistema antimísseis interceptou 90% dos foguetes que se dirigiam a áreas mais povoadas, como um, derrubado nesta quinta-feira, quando se aproximava dos arranha-céus de Tel Aviv.
Apesar do novo míssil do Hamas, o poderio israelense ainda é incomparável. Israel usa caças F-16 e atinge alvos com precisão cirúrgica, ainda que o depósito de armamentos esteja muito próximo de uma escola.
Na terça-feira (8), quando quatro integrantes do Hamas invadiram Israel pelo mar, foi uma reação cinematográfica. As forças israelenses caçaram os invasores por terra e pelo mar, e filmaram tudo, de diversos ângulos.

A situação é tão grave, que o Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta quinta-feira (10) para discutir esta situação explosiva no Oriente Médio.
O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, fez uma advertência sobre os riscos de uma escalada da violência. Ele disse que a região não pode suportar mais uma guerra. E que a situação está se deteriorando e saindo do controle rapidamente. Pediu ao Hamas que pare de lançar foguetes e a Israel que aja com prudência e proteja os civis. A reunião no Conselho de Segurança vai ser a portas fechadas.

fonte:G1

fotos:reprodução
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