CEO da Match, empresa de venda de ingressos da Copa, é preso no Rio

Sem reagir, Raymond Whelan negou ligação com quadrilha de cambistas.
Operação da Polícia do Rio contra máfia de ingressos prendeu 12 pessoas.

por:Isabela Marinho



A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na tarde desta segunda-feira (7), no Copacabana Palace, na Zona Sul, o inglês Raymond Whelan, principal executivo (CEO) da Match Services, empresa que tem direitos exclusivos sobre a venda de ingressos para a Fifa, por suspeita de que ele seja um dos chefes de quadrilha internacional de cambistas que agia durante a Copa do Mundo. Com ele, a polícia encontrou cem ingressos para os jogos. A prisão temporária de cinco dias, expedida pelo Juizado Especial do Torcedor, faz parte da operação "Jules Rimet", que já havia prendido 11 pessoas, incluindo o argelino Mohamed Lamíne Fofana.

De acordo com o delegado Fábio Barucke, que comanda a investigação, Raymond, também conhecido como Ray, era um "facilitador" para a quadrilha ter acesso a ingressos e teria sido flagrado em escutas telefônicas negociando ingressos com Fofana. Segundo a polícia, foram mais de 900 ligações.

Por volta das 17h40, o executivo chegou à 18ª Delegacia de Polícia, na Praça da Bandeira, responsável pelo inquérito. Ray será enquadrado no Artigo 41 do Estatuto do Tocedor, por fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete. A pena para o crime é de até quatro anos de prisão. O passaporte dele foi apreendido.

Segundo o delegado, Raymond negou, em depoimento informal, qualquer participação no esquema. Até as 20h, seus advogados não haviam decidido se ele vai prestar depoimento formal ou se iria falar apenas em juízo. O inglês passará a noite na 18ª DP e deve ser levado nesta terça (8) para a Polínter, na Cidade da Polícia.

Ainda seguno Barucke, ele negou que tenha amizade com o argelino Mohamed Lamíni Fofana e confirmou que a empresa fez um contrato de compra de vendas de ingresso com o argelino em maio de 2013. Raymond disse que não teve negociações com Fofana durante a Copa do Mundo. "Isso nós temos de prova. Foram 900 ligações durante o evento. Nós temos isso de prova e ele nega", disse o delegado.

fonte:G1
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