Bispo Juan Barros é acusado de proteger pedófilo conhecido no país. Manifestantes entraram em catedral para protestar.
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Chilenos protestam neste sábado (21) contra bispo Juan Barros em catedral de Osorno, no sul do Chile (Foto: AP Photo/Mario Mendoza Cabrera) |
A nomeação provocou a ira de muitos paroquianos e questionou a promessa do Papa Francisco de acabar com o abuso sexual na igreja.
Os críticos dizem que Barros tinha consciência e ajudou a encobrir abusos do padre Fernando Karadima, cujo caso é o mais polêmico entra as várias acusações de pedofilia dentro da Igreja Católica no Chile.
Karadima foi mentor de muitos jovens sacerdotes, incluindo Barros.
Juan Carlos Cruz, vítima de Karadima que agora vive nos Estados Unidos, disse que Barros fazia o "trabalho sujo" do sacerdote pedófilo, destruindo cartas de vítimas detalhando o abuso, e que o bispo recém-nomeado estava presente quando os abusos ocorreram.
"Isso contradiz exatamente tudo o que disse o Papa", afirmou Cruz à Reuters.
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Manifestantes repudiam noemação do bispo Juan Barros em protesto neste sábado (21) na catedral de Osorno, Chile (Foto: REUTERS/Carlos Gutierrez) |
O padre Alex Vigueras, superior provincial da Congregação do Sagrado Coração de Jesus e Maria no Chile, disse nesta semana que a nomeação o deixou "atordoado".
Cerca de 30 padres e diáconos na área de Osorno escreveram uma carta no mês passado ao núncio papal exigindo a renúncia de Barros, e alguns políticos também questionaram a nomeação.
Barros tem procurado se distanciar de Karadima e nega ter conhecimento dos abusos.
Da Reuters