Antes da posse, presidente reeleita desfilou em carro aberto em Brasília. Ela foi recebida e aplaudida no Congresso por autoridades e parlamentares.
Dilma é empossada no Congresso Nacional para o segundo mandato (Foto: Ed Ferreira/Estadão Conteúdo) |
Em 26 de outubro, no segundo turno, Dilma obteve a reeleição com 54,5 milhões de votos (51,64%) contra 51 milhões do adversário Aécio Neves, do PSDB (48,36%).
A cerimônia oficial de posse começou às 14h59, quando Dilma embarcou no Rolls Royce presidencial posicionado em frente à Catedral de Brasília para um desfile em carro aberto até o prédio do Legislativo. Ao lado da filha Paula, Dilma acenou, durante o trajeto, para as pessoas que se concentravam nas laterais da Esplanada dos Ministérios.
Às 15h08, Dilma foi recebida na rampa do Congresso pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do vice-presidente da República, Michel Temer. Perfilados lado a lado, os quatro caminharam pelo tapete vermelho estendido na rampa até a entrada do edifício.
Ao ingressar no plenário da Câmara, a presidente reeleita recebeu, durante o trajeto até a Mesa Diretora, o cumprimento de ministros e parlamentares que a aguardavam para a solenidade de posse. Entre as autoridades presentes no local, estavam o presidente do Uruguai, Jose Mujica, e da Venezuela, Nicolas Maduro. O chefe de Estado uruguaio foi tietado por parte dos convidados, que pediram para tirar fotografias ao lado dele.
Depois de ouvir a execução do Hino Nacional, o presidente do Congresso pediu aos presentes que se colocassem de pé para que Dilma e Temer fizessem a leitura do compromisso constitucional, no qual disseram prometer cumprir a Constituição.
Após a leitura, Dilma e Temer assinaram o termo de posse, e a Presidente reeleita discursou ao longo de 44 minutos. No pronunciamento a petista defendeu um ajuste das contas públicas como necessidade para a retomada do crescimento econômico e afirmou que a educação será "a prioridade das prioridades" para o segundo mandato. Além disso, ela anunciou o lema do novo governo: "Brasil, pátria educadora".
O ajuste nas contas públicas será a prioridade inicial dos três ministros da área econômica escolhidos para o segundo mandato – Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Fazenda) e Alexandre Tombini (Banco Central). Segundo dados do BC, em novembro as contas do setor público tiveram o pior resultado da história.
Palácio do Planalto
Após encerrar seu discurso no plenário, a presidente foi saudada por 21 tiros de canhão na rampa do Congresso. Ela seguiu no Rolls Royce da Presidência para o Palácio do Planalto, onde passou pela revista às tropas e à guarda presidencial. Antes de fazer novo discurso no parlatório do Palácio, Dilma recebeu a faixa presidencial, que ela própria colocou em si.
Ao discursar para um público formado majoritariamente por militantes do PT, que se aglomeraram na Praça ds Três Poderes, Dilma repetiu trecho do pronunciamento feito no Congresso. Ela voltou a afirmar que fará mudanças na economia, mas sem interferir em benefícios e programas sociais. Em sua fala, Dilma, disse que o segundo mandato terá uma orientação de "nenhum direito a menos, nenhum passo atrás".
Depois de dez minutos de discurso no parlatório, a presidente recebeu os cumprimentos de autoridades, como o presidente uruguaio, José Mujica, e o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Após os cumprimentos, Dilma foi ao Salão Nobre do Palácio do Planalto, onde ocorreu a solenidade de nomeação dos 39 ministros de seu governo - somente os novos ministros assinaram termo de posse. Os ministros, a presidente e o vice Michel Temer posaram para a fotografia oficial do gabinete da Presidência.
Dilma seguiu para o Palácio do Itamaraty, onde um coquetel reúne parlamentares, chefes de Estado, integrantes do governo e jornalistas. É o único evento da posse que não é público e a entrada só é autorizada a convidados da presidente.
Do:g1